Título da redação:

Mobilidade urbana: não é somente os carros

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 27/08/2017

Segundo Juscelino kubitschek, presidente do Brasil em 1960, "governar é construir estradas". Dessa forma, o Brasil adotou uma política rodoviarista que incentivou a aquisição excessiva de automóveis, resultando em sérios problemas de locomoção no país .Atualmente, mobilidade urbana envolve não somente o número de carros nas ruas, mas também perpassa por questões como segurança pública e status aliado ao conforto. Em primeira instância, vale salientar que deve-se oferecer ao cidadão infraestrutura em segurança pública, afim de que ele possua as condições necessárias para adotar meio alternativos de locomoção. Um fato que comprova isso, é que, segundo o DATASUS, morrem 40 mil pessoas por ano no Brasil devido a violência no trânsito. Nesse sentido, averigua-se que na realidade, leis como a da Mobilidade Urbana (que incentiva o transporte não motorizado, a exemplo bicicletas) não são suficientes para mudar a realidade do país: é preciso fazer com que o cidadão se sinta seguro para adotar o transporte não motorizado. Além disso, não se pode negligenciar o fato de que, mais do que um meio de se deslocar, o carro também se tornou um símbolo de status. Nesse ínterim, obter um automóvel se tornou um sonho de consumo para os brasileiros devido ao transporte público ser caro, desconfortável, lotado e não estar disponível a qualquer hora. Assim, é necessário melhorar a qualidade desse serviço afim de que todas as classes sociais sintam o desejo de usá-lo. Ademais, o governo continua estimulando a aquisição desse bem facilitando sua compra: reduzindo impostos, como IPI. Constata-se, dessa maneira, que a mobilidade urbana também envolve conforto, status e segurança. Logo, é imperativo haver promoção midiática desvinculando a relação entre carro e status. Somado a isso, a Secretaria de Segurança Pública deve reforçar o policiamento, para salva-guardar os cidadãos. Ademais, o Ministério Público deve cobrar dos municípios o planejamento do trânsito (imposto pela lei) e realizar uma parceria público-privada, aumentando a frota de ônibus. Por fim, cabe ao cidadão formar grupos de carona através de redes sociais e aplicativos.