É consenso, na comunidade sociopolítica atual, a grave crise que o Brasil enfrenta em relação à mobilidade urbana. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de carros duplicou entre 2001 e 2012, agravando a situação. Desse modo, medidas públicas em relação ao tema não devem ser deixadas a margem nas discussões políticas. “Governar é abrir estradas”. A fala de 1920, do presidente Washington Luiz, na época influenciada pela elite cafeeira e pelo advento dos automóveis pode ser vista até hoje. Desde então, as cidades foram projetadas para servir veículos individuais, como os carros, consequência disso, políticas em relação à locomoção pública foram deixadas de lado. O aumento desenfreado de carros e motos é preocupante, visto que, os veículos automobilísticos são a maior causa do aquecimento global atualmente, mas também causam cerca de 43 mil mortes por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Em seu livro “consequências da globalização”, o sociólogo Bauman defende que questões envolvendo o espaço e a locomoção pública são ligadas ao interesse das elites, exemplo disso são as montadoras de veículos, quem iria comprar os automóveis se a população usasse, em grande parte, transporte público ou bicicletas? Diante dos fatos apresentados, é notório que políticas públicas devem ser pensadas para a melhoria da mobilidade urbana. O transporte público deve ser, em sua maioria, subsidiado pelo governo, desse modo diminuindo as tarifas cobradas, e como forma de repor os gastos, deve taxar o uso de estacionamentos e vias públicas por veículos de uso individual. A mídia, com seu papel influenciador, deve incentivar o uso de meios sustentáveis de locomoção, através de propagandas, contudo, o estado deve fornecer estrutura suficiente para que isso ocorra, construindo mais ciclovias e faixas exclusivas para ônibus. País rico não é aquele que pobre anda de carro. É aquele que rico anda de transporte público. Ao corretor(a): A redação deu 28 linhas, porém o site reduz muito a letra. Sei que isso não é função sua, mas pode me dar dicas de como melhorar meu linguajar e me indicar livros bons para desenvolver um aspecto sócio cultural vasto? Outra coisa, não sei como será a correção, mas quero saber se posso usar referências em todos os argumentos, pois quando enviei uma redação com nenhum aspecto sócio cultural falaram pra eu melhorar, fui lá e coloquei bastante referências, falaram que meu texto não tinha autoridade. Qual é a dosagem certa para dados, citações, etc? Por favor, me ajude, estou dando meu máximo para evoluir, lendo dicas sobre redação, livros e reportagens. Já fiz 8 redações e variei entre 680 - 920, não tenho uma média de notas boas, sou muito inconsistente. Fico muito triste com isso :( OBS: Já estou lendo Bauman.