A cultura da mobilidade urbana, nos grandes conglomerados urbanos, demonstra a incapacidade de acompanhar os fluxos migratórios. Isso se dá em razão de diversos fatores infraestruturais que tangem a mobilidade, neste sentido, repensar a cultura da mobilidade nas grandes metrópoles é fundamental para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos. No epicentro das grandes metrópoles encontram-se os maiores percentuais de cargos empregatícios, ferramentas de cultura e qualificações no que tange o aprendizado, neste sentido, os cidadãos estão, a todo o momento, migrando de diversas regiões da cidade com destino ao centro, os meios de deslocamento - ônibus, carros e motos - em certo momento do dia, isto é, em horário de pico, tornam a mobilidade uma ação dificultosa, à miúdos, gasta-se tempo em demasia no trânsito metropolitano. À vista da crise da mobilidade urbana, nota-se que o tempo de deslocamento aumenta gradativamente quando as vias principais da cidade mostram-se superlotadas. Os corredores de ônibus são alternativas viáveis quando pensa-se em melhorias à infraestrutura, no entanto, os meios de transporte, como os ônibus, ainda não garantem à população conforto e segurança necessários e adequados. Neste sentido, as ciclovias apresentam-se como outra alternativa quando pensa-se em melhorias na mobilidade, isso porque a bicicleta, quando utilizada de maneira segura, torna-se uma alternativa bastante viável. Repensar a cultura da mobilidade urbana é necessário para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos presente na Constituição de 1988. Portanto, neste viés, as autoridades responsáveis por este âmbito deve pensar em alternativas eficientes para garantir a mobilidade segura e satisfatória - como novas ciclovias e corredores de ônibus - e, para além, a cultura de consumo de automóveis, garantida pelos meios de comunicação, deve ser repensada porque, como exposto na charge, a cidade se superlotará destes meios de transporte tornando o ato de caminhar - um hábito saudável - impossível aos cidadãos.