Título da redação:

Mobilidade urbana: a um passo da estagnação

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 16/09/2016

Olá, corretor(a), tudo bem? Quero agradecer ao projeto redação pelo excelente trabalho. Também gostaria que você me ajudasse a dar um impacto forte no leitor, pois achei meu texto muito previsível. Desculpe-me por escrever aqui, mas eu tinha que me expressar. Certa vez, o pré-socrático Parmênides afirmou que o universo estava em permanente imobilismo. Talvez hoje ele percebesse que sua hipótese poderia se encaixar bem no que diz respeito à mobilidade urbana, haja vista que os constantes engarrafamentos e a lentidão são duas grandezas que se correlacionam na vida dos cidadãos dos grandes centros urbanos. Com isso surge à problemática da crise na mobilidade urbana que está intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela superlotação das cidades, seja pelo intenso uso dos transportes privados. É válido considerar, antes de tudo, a concentração populacional como impulsionadora dessa problemática. No período da Era Vargas, de 1930 a 1945, houve um grande incentivo à industrialização do país, o que colaborou com o êxodo rural e, consequentemente, na macrocefalia urbana. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que quando há maior concentração de pessoas em um local, sem o devido planejamento, a mobilidade urbana é debilitada. Além disso, o movimento pendular é intensificado, fazendo com que os indivíduos tenham que se deslocar, por muitas vezes, das periferias para o centro, causando grande impacto na mobilidade. As grandes metrópoles brasileiras, como São Paulo, são exemplos da crise da mobilidade urbana pela falta de planejamento e excesso populacional. Outrossim, cabe destacar o consumo em massa de veículos privados em detrimento da manutenção dos transportes públicos. Com os incentivos de Juscelino Kubitschek, na década de 1950, nas malhas rodoviárias e nas indústrias automobilísticas, o sistema ferroviário foi considerado defasado, aumentando o consumo de transportes particulares. Nesse sentido, a manutenção dessa prática persiste na contemporaneidade, uma vez que os transportes coletivos, como os ônibus, apresentam precárias condições, além de altas tarifas, fazendo com que os indivíduos optem pelo transporte privado, aumentando a crise na mobilidade nos centros urbanos. É evidente, portanto, que a crise na mobilidade urbana está presente no Brasil contemporâneo. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal, aliado à esfera estadual e municipal, deve elaborar um plano de manutenção dos transportes coletivos, para que ofereçam mais segurança e conforto, sendo assim, aderidos pela população. Ademais, o Estado deve implantar novas ciclovias nos centros urbanos e, paralelamente a isso, campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estimular a utilização de bicicletas e transportes de massa. Dessa forma, a crise da mobilidade será gradativamente minimizada no país.