Pressa, ansiedade e a sensação de que nunca é possível fazer tudo e a certeza que a vida está passando rápido demais; essas são as consequências de viver em um mundo em que para tudo vale a regra “quanto mais rápido melhor”. Devido as condições de deslocamento da população no espaço geográfico das regiões metropolitanas brasileiras a sociedade busca meios de aproveitar mais o seu tempo. Em busca de qualidade de vida, além de status, para muitos comprar um carro é poder suprir suas necessidades diárias como “ir pro trabalho, buscar filhos no colégio, ir ao supermercado etc…” e também fugir do caos de utilizar o transporte publico, onde encontram uma estrutura desconfortável e demora no deslocamento, prova disso e o aumento da frota dedicada ao transporte individual que cresceu 24,5%. Com o aumento de veículos, problemas como congestionamentos, mortes decorrentes da violência no trânsito, poluição, prejuízos econômicos e a dificuldade em que os pedestres encontram, aos que precisam fazer um verdadeiro malabarismo se quiserem atravessar na faixa, “O esforço tem que ser do carro e não do pedestre”. Nas metrópoles brasileiras, o direito de ir e vir é prejudicado devido à falta de planejamento, e à prioridade que foi dada ao automóvel durante muito tempo, a grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil as medidas adotadas privilegia o uso do transporte individual, para este cenário mudar medidas foram tomadas como exemplo: Dia Mundial sem Carro (vá de bike), porém, pesquisas mostram que a falta de locais para estacionar inibe o uso desta modalidade. A redução de 5% na velocidade média dos veículos, foram aplicadas também faixas e mais placas. Entre outras opções de transporte alternativo como caronas compartilhadas, aplicativos de táxi, e a criação de novas linhas de “VRT” E “BRT”. O sistema de “BRT” é exemplo de solução que foi adotada em mais de 140 cidades pelo mundo, 65% da demanda do “BRT” está em grandes metrópoles latino-americano, como: Colômbia, Equador, Guatemala, Venezuela, Argentina, Brasil, e em outros países como os EUA. Atualmente existem várias cidades no Brasil e no mundo que já adotam práticas sustentáveis, embora não podemos encontrar uma que seja 100% sustentável,urbanistas apontam que para essa situação mude é preciso melhorar a qualidade do transporte publico, restringir o uso excessivo do automóvel e integrar os diferentes sistemas, portanto é preciso buscar medidas que vise a acessibilidade para todos, entende-se que o governo federal deve investir em novas frotas de ônibus, garantindo um transporte publico mais rápido, confortável e com preço justo. Outra solução e promover projetos na intenção de incentivar a participação da população, estimulando o uso de bicicletas públicas e por meio do plano diretor e do orçamento público, a criar projetos, a ter locais de estacionar, e que viabilizem as ciclovias e ofereça condições aos ciclistas transição com total segurança como foram implantados em Paris, Barcelona e várias outras cidades mundiais, assim evitando congestionamentos, diminuindo a poluição no mundo. É imprescindível que todos os cidadãos usem o veículo próprio somente em casos de emergências, vencer esse desafio não e apenas uma obrigação e dever de conscientização da população em busca de qualidade de vida.