Título da redação:

Mobilidade é Dinheiro

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 15/09/2016

Desde a Segunda Revolução Industrial, a utilização do automóvel se tornou essencial no cotidiano dos grandes centros urbanos. Porém, o excesso desses automóveis, em muitas cidades, faz com que ele contribua para o problema que ele veio enfrentar: a imobilidade. Uma das características do sistema capitalista é a produção em massa durante o menor período, ou seja, a valorização do horário de trabalho. No entanto, não há como cumprir tais exigências - chegar cedo, por exemplo - quando perde-se bastante tempo no trânsito. Isso se deve pela falta de investimento no setor de transporte público, pois a falta de qualidade e quantidade desse tipo de transporte força muitos indivíduos transitarem com seu transporte privado. A média de automóveis privados em São Paulo é de dois por pessoa. Se pelo menos metade dessas pessoas deixassem seu veículo em casa para ir de ônibus para o trabalho, o problema se reduziria mais que a metade. Não obstante, para isso, seria necessário transporte público de qualidade e quantidade necessária para atender e trair a população. Ademais, o problema de mobilidade no Brasil não é só dentro das cidades. Em 1950, foi o eleito o Presidente JK (Juscelino Kubitschek). Ficou conhecido pela adoção da industrialização do território brasileiro e, principalmente, pela construção de Brasília. No entanto, para conseguir o financiamento necessário, cometeu um equívoco: fez um acordo com empresários de automóveis prometendo investir principalmente em rodovias. Acordo que, praticamente, se mantém ativo atualmente. Isso prejudica a mobilidade do país, pois os governadores brasileiros passam a investir no setor rodoviário ao invés do ferroviário, que são meios de transporte mais econômicos à longo prazo e mais eficientes. No entanto, o sistema de transporte de cargas entre estados fica, em sua maioria, na responsabilidade de caminhões. Esse meio de transporte traz lucro aos empresários de automóveis que o fornece, porém é muito prejudicial ao governo - por gastar muito com isso - e à própria população - em época de feriado ou férias, quando decide-se trafegar de carro para outro estado, se depara com um grande congestionamento causado por caminhões. Dessa maneira, a falta de um transporte público de qualidade e de investimentos no setor ferroviário contribuem bastante para a imobilidade urbana. É necessário que grandes emissoras de televisão, e canais de notícias que atuam por meio da internet, passem a por esse assunto em pauta e incentivem seus telespectadores a lutarem nas ruas por essa causa. Mas, também, é necessário que a população se mobilize por si só e influencie uns aos outros à irem às ruas exigindo que seja investido, principalmente, em metrôs e bondes para serem usado com transporte público, além de trens de carga que consigam ligar todos os estados do país. Dessa forma, o problema poderia diminuir e muitas pessoas iriam se estressar menos com a perda de tempo.