Título da redação:

Menos o individual e mais o coletivo

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 30/09/2016

Conforme o IBOPE, de 2014, o uso do ônibus público aumentou em cerca de 23% em São Paulo, e isso é animador. Demonstra que o Brasil tem chances de adotar um transporte solidário às questões ambientais e logísticas. No entanto, o uso do automóvel individual ainda não se reduziu. Dessa forma, medidas de cunho social e educacional devem ser tomadas, a fim de que se modifique esse cenário. Primeiramente, não há qualidade nos transportes públicos e nas ciclovias da maior parte dos municípios. Milton Santos defende uma globalização humanizada, na qual a solidariedade entre os homens deve ser maior do que suas ambições. Nessa perspectiva, a diminuição do número de carros e o aumento do uso de bicicletas reduziria os problemas de saúde, causados pela poluição e pelo sedentarismo. No entanto, muitas cidades têm sistemas precários de ônibus, que não atendem à demanda ou que não oferecem comodidade à população, como em São Paulo. No outro lado, estão as ciclovias, que só são realidade nas grandes cidades e que oferecem pouca segurança ao ciclista. Além disso, os usuários de veículo particular estão acomodados. Kant diz: “age de tal modo que o motivo que te levou a agir possa se tornar lei universal”. Com isso, o autor diz que o coletivo deve ser anterior ao individual. Entretanto, muitos carros, que poderiam levar entre quatro e cinco passageiros, trafegam apenas com o condutor. Tal prática é alvo de uma campanha recente, o “Carona Solidária”, a qual incentiva a usar o mesmo carro para levar amigos, familiares e vizinhos que tenham destinos similares. Assim, as questão da mobilidade urbana é um assunto que deve ser levado à sério. Para isso, as prefeituras e as empresas de ônibus devem tornar esse meio de locomoção mais atrativo, melhorando os trajetos e investindo no aumento da frota. Ainda, as ciclovias precisam se tornar realidade em mais cidades, contemplando, ao menos, os caminhos principais e possuindo grades de segurança entre a rua e a ciclovia. Por fim, o MEC, através das escolas, tem de instruir aos alunos noções de respeito ao coletivo, optando pela caminhada ao invés do carro.