Título da redação:

Inchaço Urbano

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 09/09/2016

Poluição sonora e atmosférica. Congestionamento. Estresse. Estradas danificadas. Gasto de horas esperando. Ônibus lotados. São esses os problemas enfrentados na mobilidade na dinâmica urbana. Apesar dessas consequências já enfrentadas, a tendência é que cada vez encontrasse mais problemas para deslocar-se entre bairros, centros urbanos ou conurbações. Com o auge da industrialização no Brasil entre as décadas de 1950 e 1980, houve uma grande migração, principalmente de nordestinos, para a região sudeste brasileira, e não é à toa que os estados de Rio de Janeiro e São Paulo sejam os primeiros do país a enfrentar as consequências de um inchaço populacional sem planejamento. Ao sair de casa em direção ao trabalho ou à escola, há pelo menos três transportes os quais poderá escolher para enfrentar seus devidos problemas, dentre eles temos: o carro - que enfrenta longas horas de congestionamentos, gritarias e “buzinaços” de motoristas estressados -, o ônibus - em que é necessário ficar apertado entre milhares de pessoas e, geralmente com motoristas descuidados e/ou estressados-, ou bicicleta - que apesar de ter uma própria pista em alguns trechos e ser o meio mais rápido de locomoção, pode ser perigoso pela facilidade de roubo e a falta de ciclovias pelas principais vias. Não é difícil de atenuar as consequências do inchaço urbano. Segundo o IBOPE, cerca de 83% dos entrevistados deixariam de utilizar o automóvel caso houvesse uma alternativa de transporte público mais viável. Além disso, segundo a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), de 2014 para 2015 o número de ciclistas que utiliza a ciclovia da Avenida Paulista aumentou em 216% apesar da falta de estrutura e segurança. A falta de planejamento para o crescimento urbano é uma consequência que torna, por exemplo, pontos turísticos imutáveis e que muitas vezes estão atrapalhando o fluxo, porém com tanta tecnologia e a necessidade de desafogamento das vias, aliado ao interesse público ao melhoramento da mobilidade urbana facilitam a tomada de decisões. Portanto, o processo de inchaço urbano inesperado aliado às cidades que tiveram seu planejamento urbano realizado há séculos atrás, torna uma epidemia cada vez mais comum em grandes centros metropolitanos de todo país. É importante que a Receita Federal destine maiores recursos para que a Agência Nacional de Transportes Terrestres faça um mapeamento visando o melhoramento da infraestrutura de mobilidade urbana e a futura parceria público-privada para com empreiteiras e empresas rodoviárias, para mais trechos cicloviários e aumento da qualidade e quantidade do transporte público. As campanhas midiáticas podem incentivar a consciência pública a contribuir contra o congestionamento público.