No século passado, Henry Ford inovou com sua linha de montagem de carros afim de torná-los acessíveis a baixo custo. Hoje, graças a um aumento da globalização e do poder de compra da população, a frota de veículos cresce demasiadamente. Tal fato gera problemas de mobilidade nas grandes cidades, demandando ações efetivas do estado e de conscientização dos motoristas. O consumo de automóveis vem se tornando um fato social, que, segundo Émile Durkheim é uma maneira coercitiva, coletiva e exterior de pensar e agir. Graças aos meios midiáticos a posse de automóveis passou a ser vista como uma forma de status, independência e segurança. Assim acabam ficando de lado meios de transporte alternativos, coletivos e até mesmo atitudes como dar ou pegar carona. Em consonância com isso está, também, a deficiência de infraestrutura dos transportes públicos. Segundo pesquisa do IBOPE, 83% dos entrevistados optariam pelo transporte coletivo se esse fosse de boa qualidade. Isso mostra o quanto a área de mobilidade carece de investimentos, de forma que não somente as pessoas poderiam ser beneficiadas pelo tempo a menos gasto no trânsito, como também a rede privada, o estado e até mesmo o meio ambiente com a redução de CO2 emitido pela maioria dos automóveis. Portanto medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério do Transporte, governos estaduais e municipais devem continuar pondo em prática medidas como a faixa exclusiva para ônibus, além de aumentar a frota de veículos e construções de VLTs. Ademais, o Terceiro Setor deve promover campanhas midiáticas e em empresas para a cooperação no transporte através de caronas e para o uso de bicicletas. Assim, o trânsito poderá apresentar homeostase, termo biológico que representa o equilíbrio, e todos se beneficiarão.