O Brasil tem uma herança rodoviária que reflete de forma enfática na crise da mobilidade urbana ,hodiernamente. Tal herança foi concretizada para atrair indústrias automobilísticas para o país, por conseguinte, os outros meios de transporte -ferroviário,hidroviário- foram esquecidos. Nesse contexto contemporâneo, a crise de locomoção, no Brasil, gera questões que não podem ser omitidas: a superlotação dos transportes públicos e a elevada frota de veículos particulares. Em primeiro plano, o transporte público vem tentando suprir a demanda populacional de locomoção, todavia, o problema de superlotação no transporte público é notório. Nesse cenário, cabe expor os crimes sexuais contra as mulheres ,cometidos diariamente no transporte público, desse modo, um simples problema de transporte origina outros ,de gênero mais grave -roubos, assédio sexual. Nesse âmbito, é de suma importância a intervenção do Município -esse encarregado de organizar o transporte público-, com o fito de oferecer mais veículos públicos nos horários de maior movimentação, assim, adequando o transporte público à população, dando segurança e conforto. Além do mais, a imensa frota veicular contemporânea faz com que tenha graves congestionamento no trânsito, logo, dificultando a mobilidade. Além disso, a alta concentração de veículos origina processos químicos prejudiciais como smog fotoquímico, caracterizado por criar uma grande nuvem de coloração marrom no ambiente, ademais, a quantidade exacerbada de veículos pode formar chuvas ácidas, essas com o potencial destrutivo para estátuas -mármore- e plantas. Nesse sentido, um caminho possível para diminuir o fluxo de carros privados, é o rodízio de carros -um indivíduo dá carona a outros-,o uso a bicicleta e o transporte público. Urge, portanto, a necessidade de que indivíduos e instituições cooperem a fim mitigar a crise da mobilidade urbana no Brasil. Aos municípios -instituição responsável pelo transporte público- cabe, criar um plano individual para cada cidade, fornecendo-a uma maior oferta de transporte, adequando-se à demanda da população, dessa forma, coibindo a superlotação e atos criminosos. Ao Ministério Público, concerne a punição de indivíduos que fazem as ações criminosas -assédio, roubo-, por intermédio de ações judiciais. Aos indivíduos, por sua vez, compete a utilização de outros meios de transporte -ferroviário, cicloviário- oferecidos pelo município ou pela intervenção privada -rodízio de carros. Dessarte, tendo um trabalho em conjunto entre diversas camadas da sociedade com a finalidade de acabar com a crise de mobilidade urbana.