Título da redação:

''Governar é, pois, fazer estradas''

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 15/09/2016

Congestionamentos. Acidentes. Mortes. Super lotação nos transportes públicos. Fatores que estão em evidência e são notórios nas grandes cidades brasileiras que sofrem cada vez mais com a crise da mobilidade urbana no país. Em primeiro lugar, para entender a crise da mobilidade urbana no Brasil, é necessário compreender que o país carrega traços marcantes da da política rodoviarista criada por Washington Luís na década de 20, na qual o meio de transporte rodoviário seria priorizado em detrimento das grandes ferrovias que até então faziam parte do cenário brasileiro. Com isso, estradas foram criadas e atraíram as indústrias automobilísticas que se instalaram no país. Do mesmo modo, com o incentivo do governo na redução de impostos sobre produtos industrializados (incluindo automóveis) grande parte dos brasileiros que aumentaram sua renda tiveram acesso aos meios de transportes individuais. Atualmente, o aumento no número de veículos automotores no Brasil é dez vezes maior do que o aumento no número da população segundo o Observatório das Metrópoles. Além disso, o sistema de transporte coletivo brasileiro não favorece em nada os seus usuários, pois se encontram sucateados e em péssimas condições, fazendo com que grande parte das pessoas evitem utilizá-lo. Como resultado o país se encontra em uma crescente crise na mobilidade urbana brasileira, o que causa graves problemas sociais como a dificuldade de deslocamento nas grandes cidades e também ambientais, como as ilhas de calor. É necessário portanto que haja melhor planejamento urbano nas grandes cidades no que diz respeito à mobilidade urbana. Uma das soluções a ser consideradas é o estímulo ao transporte público coletivo e melhoria da sua qualidade e eficiência, que poderia ser realizado pelas próprias prefeituras das cidades. Além disso, a construção de ciclofaixas poderia incentivar os moradores a aderir o uso da bicicleta, aliviando o número de pedestres. Ademais, o investimento do Estado em modos alternativos de transportes, como os metrôs, poderia gerar uma grande redução na quantidade de veículos circulantes nas ruas das grandes cidades brasileiras.