Quilômetros de congestionamento, veículos sucateados, abusos excessivos de velocidade e intensos conflitos. Esse é o cenário da mobilidade urbana no Brasil. Quando o engenheiro Henry Ford criou um dos seus maiores inventos, o carro Ford motor V-8, ele pensou na facilidade que o mesmo ocasionaria nas vidas das pessoas. Contudo, o produto que foi construído para ser uma solução acabou se tornando um verdadeiro problema diante de demanda populacional encontrada nos grandes centros urbanos. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos. O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico e a baixa qualidade do transporte público colaboram para o aumento do número de carros no trânsito. Além disso, cogitar o incentivo a essa prática sem analisar os danos ao meio ambiente é um verdadeiro equívoco. Enquanto o Brasil enfrenta a falta de um plano de mobilidade urbana, as soluções de mobilidade adotadas pelas grandes metrópoles europeias e americanas incluem investimentos em linhas de metrô, pedágio urbano no centro expandido para arrecadar recurso a serem aplicados na melhoria do transporte público, visando melhorar a qualidade de vida da sua população. Diante disso surge uma reflexão a respeito dessa prática. Em suma, fica evidente que surge a necessidade de elaboração ou aperfeiçoamento de políticas públicas através do auxilio do Ministério do Transporte visando o incentivo a inclusão de ciclo faixas e ciclovias nos grandes centros urbanos. Como também, a criação de pedágios para arrecadar recursos para investimentos no transporte público, visando melhorar a mobilidade urbana e reduzir as consequências ocasionadas pelo Fordismo.