Título da redação:

Fluidez em xeque.

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 21/10/2016

Um cidadão comum, ao voltar para casa após o trabalho, depara-se com a lentidão nas vias, comum em ‘’horários de pico’’. O direito de ir e vir, previsto na Constituição de 1988, acaba sendo lesado. Infelizmente, tal cenário é comum nas sociedades contemporâneas –sobretudo na brasileira. A fluidez, imprescindível para a globalização, fica comprometida com a falta de integração entre os meios de transporte, tornando necessária a adoção de medidas que promovam a otimização das vias e incentivem o uso de meios alternativos. A progressiva crise na mobilidade urbana torna-se um problema, não só por atrapalhar o deslocamento populacional, mas também por interferir negativamente jna economia, já que a logística ineficiente dos transportes encarecem o produto brasileiro em cerca de 25%. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV), a falta de fluidez nas vias afeta o país em cerca de R$ 62 bilhões ao ano. Outra questão notória é que quanto mais veículos trafegam, mais CO2 será emitido, o que potencializa o efeito estufa. O incentivo à compra de veículos individuais—como a redução no IPI ou a expansão ao crédito—aliada à insatisfação popular em relação ao transporte público estão no cerne do aumento da frota de veículos e consequente inchaço das rotas. Conforme relata uma pesquisa feita pelo Instituo Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), 83% dos entrevistados deixariam de utilizar seus automóveis caso o transporte público fosse satisfatório. Logo, é necessária a adoção de medidas que resolvam ou atenuem a crise na mobilidade urbana. Um ponto extremamente importante é um maior investimento na construção de metrôs, ciclovias, viadutos e faixas exclusivas para ônibus a fim de aumentar a eficiência no transporte, o que pode ser desenvolvido pelo Ministério dos Transportes (MT). Tal medida proporcionaria, além da maior fluidez, a ampliação de postos de trabalho, o que aquece a economia. Outro ponto notório é o planejamento de cidades compactas, que ofereçam moradia, escola, saúde e trabalho em pontos próximos, com o propósito de diminuir as migrações pendulares, o que pode ser feito pelo Ministério das Cidades (MCidades) em parceria com o Ministério de Planejamento (MPOG). Dessa forma, o caótico cenário atual seria contido e a tão necessária fluidez, proporcionada.