No que se refere à crise da mobilidade urbana no Brasil, é possível afirmar que está intimamente relacionada à falta de investimento nos modais de transporte aquaviário e ferroviário, o que acarreta no uso de caminhões pelas empresas e no consequente engarrafamento das rodovias. As ferrovias, por não estarem sujeitas aos massivos transtornos do meio urbano, tornam-se uma opção de transporte mais veloz em relação às rodovias, além de causar menor impacto ambiental devido a menor emissão de gases de efeito estufa. No entanto, as corporações carecem de uma rede ferroviária disponível e eficaz que satisfaçam suas necessidades de logística e, com isso, são forçadas a optar pelo uso de caminhões para realizar suas entregas, causando problemas de mobilidade urbana. O modal aquaviário, por sua vez, destaca-se pelo seu baixo custo de implantação dada a extensa rede fluvial brasileira. Porém, os desnivelamentos topográficos do país requerem a construção de eclusas que facilitem a locomoção de embarcações no território. Isso evidencia mais uma vez o descaso do governo brasileiro na construção de infraestrutura logística no país. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver as problemáticas. Em vista do que foi mencionado, o Governo Federal deve investir uma maior parcela dos impostos arrecadados na construção de ferrovias e de eclusas, utilizando mão de obra nacional e visando a resolução dos problemas decorrentes do uso excessivo das rodovias pelas instituições. Além disso, o Governo Federal também deve criar uma política de incentivos fiscais a empresas que utilizem o sistema rodoviário em menor escala, visando expandir o uso e as vantagens da rede ferroviária e aquaviária.