O governo de Juscelino Kubitshek, iniciado em 1955, priorizou o setor de transportes no seu Plano de Metas. Com a crescente industrialização e, consequentemente, aumento da urbanização, o setor ganhou investimentos e melhorias, como a criação de várias rodovias. Todavia, tais melhorias ficaram para trás. Má infraestrutura, acessibilidade precária, lotação e preços injustos são características da mobilidade urbana brasileira atualmente. O inciso XV do artigo 5 da constituição garante o direito de ir e vir ao cidadão. Não obstante, problemas no âmbito dos transportes são facilmente encontrados. Um dos grandes problemas é a baixa qualidade do serviço oferecido. Os veículos estão quase sempre lotados, apresentam uma infraestrutura precária e o trânsito provoca viagens cada vez mais longas e cansativas. Tais dificuldades desestimulam a população a usar o transporte público, fazendo com que as pessoas optem por ter seu próprio automóvel, em busca de praticidade e conforto. Com isso, engarrafamentos tornam-se mais constantes com o grande número de veículos nas ruas. Há também a questão da acessibilidade. É quase impossível um portador de necessidades especiais usar o serviço público de transportes tranquilamente, pois o mesmo dificilmente apresenta adaptações para deficientes, como elevadores plataforma para cadeirantes. Outra discussão é acerca das ciclovias. As bicicletas são um meio de transporte fácil e sustentável e deve ser estimulado para a população. Porém, muitos motoristas não respeitam os ciclistas, o que causa muitos acidentes. Por isso, é importante a criação de uma faixa especial para os ciclistas. Nesse caso, mudanças na mobilidade urbana brasileira são necessárias para garantir, com conforto e segurança, o direito de ir e vir do cidadão. O Estado deve investir fortemente em transporte público de qualidade, além de promover campanhas para que a população adote o transporte coletivo em detrimento do individual, o que também ajudaria a combater o trânsito do país. O mesmo também pode implantar tecnologias, como a criação de um aplicativo que informa localização e horário preciso da chegada de cada transporte. ONGs para deficientes devem reivindicar maior acessibilidade nos transportes, para que os portadores de necessidades possam circular livremente. Além disso, o Ministério da Educação pode promover campanhas para dar apoio à construção de ciclovias nas cidade.