Título da redação:

Desproporcionalidade Contemporânea

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 17/09/2016

Desde os anos 1956 quando o Brasil, sob o governo do Presidente Juscelino Kubitschek vivenciou a valorização de empresas do ramo automobilístico em seu território que são notáveis o quão determinada medida econômica afetaria diretamente e indiscutivelmente a vida de gerações futuras. Nesse sentido, vivemos um presente em que a mobilidade urbana brasileira está cada dia mais sucateada e passível de julgamentos. O século XXI marca a eclosão do acúmulo de sucessivas atitudes erradas tomadas desde a formação do espaço territorial brasileiro com o advento da industrialização. A forma acelerada e sem as devidas condições estruturais com a qual as cidades (típicas de países subdesenvolvidos) foram urbanizadas oportunizou o desenvolvimento de estruturas precárias e despreparadas para receber tamanho contingente populacional, que atualmente enfrenta inúmeros desafios em seu deslocamento pendular. Outrossim, a realidade caótica das metrópoles nacionais evidencia o reflexo de todos os erros anteriormente citados visto que, a sociedade gasta um quarto de seu tempo diariamente no ir e voltar para o trabalho uma vez que, as rodovias estão categoricamente congestionadas por veículos particulares pois, a má qualidade e insegurança do transporte público, o modo de deslocamento privado ganha cada vez mais adeptos em um falha tentativa de otimizar seu tempo e qualidade de vida. É verídico que existem investimentos na construção de, por exemplo, ciclovias e ciclofaixas; porém, a falta de alcance e corriqueiramente o desrespeito inviabilizam a adoção de tais alternativas, essa justificável também pela cultura brasileira que inferioriza o transporte público no que diz respeito a status social. Desse modo, cabe ao Governo Federal a implementação de políticas públicas realmente efetivas com vistas à imobilidade vivenciada atualmente, por meio de aplicações financeiras destinadas à melhora tanto do “esqueleto” das cidades quanto das condições de transportes oferecidas de modo que, esse seja proporcional aquilo que é cobrado da população em forma de tarifas e impostos. Além disso, é importante conscientizar, educar e principalmente desaculturar a sociedade brasileira frente à esse individualismo exacerbado que somente prejudica de maneira geral o bem comum, em especial o meio ambiente, maior vítima da poluição ocasionada pela desproporcionalidade entre pessoas e ruas.