A questão da mobilidade urbana tornou-se um problema em nosso país. Pois, a precariedade dos transportes públicos, a carência de ciclovias na maioria das cidades e a grande influência da mídia, tendo como objetivo fazer o cidadão adquirir um carro, tornaram-se fatores contribuintes para, cada vez mais, travar o trânsito dos grandes centros. Sendo assim, o que era para facilitar a locomoção e ser um conforto a mais para a população, tornou-se motivo de caos e estresse para muitos. A má qualidade dos serviços prestados por empresas de ônibus e metrô influencia bastante a maioria das pessoas a optar por um transporte particular. Pois, a superlotação, o atraso, os preços abusivos das passagens e até mesmo os assédios ocorridos, nos quais suas vítimas são principalmente mulheres, segundo o site Folha de São Paulo, são alguns motivos pelos quais muitos evitam usar esse meio de locomoção. Entretanto, a carência de ciclovias também colabora para um trânsito mais caótico, porque apesar de muitos cidadãos terem o desejo de utilizar uma condução mais sustentável e barata, a grande maioria das prefeituras não investe na construção das mesmas. Outro fator preponderante para o excesso de carros nos grandes centros são as propagandas midiáticas, que induzem e despertam em muitos a vontade de possuir um automóvel, não apenas por necessidade, mas também como um símbolo de ascensão social. No entanto, quase nenhuma dessas empresas se preocupa com a desordem no trânsito e os prejuízos trazidos ao meio ambiente e a saúde da sociedade por conta de suas vendas em massa. Todavia, situações como esta ocorrem, porque o governo , na maioria das vezes, dá carta branca para essas companhias e visa apenas o lucro ao invés do bem estar das pessoas. Dado isso, é notória a necessidade de mudança para superar a crise de um sistema de mobilidade trânsito falido no qual nos encontramos. Por isso, os governos estaduais precisam contratar apenas companhias com frotas grandes o suficiente para atender a todos os cidadãos e criar um órgão para fiscalizar o estado de conservação dos veículos e aplicar multas aos que não cumprirem seus horários e estiverem em situação precária. Também é preciso cobrar das mesmas empresas de marketing de automóveis, propagandas mostrando a realidade das rodovias das grandes cidades, as causas e consequências dessa crise e as possíveis soluções.