Com o governo de Juscelino Kubitschek iniciou-se a industrialização brasileira impulsionada pelo rodoviarismo que estava sendo implantado. Muitos avanços, desta forma, foram possíveis; no entanto a ausência de investimento em outras modais de transporte ocasionou na sobrecarga do sistema rodoviário. Grandes centros urbanos como São Paulo e Campinas sofrem a saturação de suas avenidas por milhares de automóveis. Os governos destes municípios, então, recorrem ao aumento das faixas exclusivas para ônibus, ciclovias e ao rodízio de veículos, causado em parte pelo consumismo exacerbado. Embora a cultura consumista influencie no crescente aumento de veículos circulantes, outros fatores ocasionam isso; como a ineficiência do transporte público. Os ônibus além de muitas vezes estarem atrasados e lotados - devido a insuficiente quantidade desses veículos em circulação - são desconfortáveis e constantemente apresentam problemas que interrompem a viagem. Graças a baixa qualidade dos serviços de transporte público, carros e motos tornam-se sonhos de consumo a maioria das pessoas. A superlotação das vias de transporte também se deve a falta de investimento na ampliação de outra modal. O sistema ferroviário brasileiro comparado ao de outros países, com China, é significante. A diversificação das modais de transporte, ao menos a ferroviária, aliviaria ruas, avenidas e rodovias. Logo, para que a crise de mobilidade urbana seja solucionada é necessário investimento de todos os âmbitos governamentais; federal, estadual e municipal; na ampliação dos metrôs e ferrovias e no aumento de frotas de ônibus, bem como na qualidade do serviço; para que não haja desconforto aos passageiros. Investimento em ciclovias e faixa de ônibus também são benéficas. Somente desta forma será possível alcançar um modelo de circulação sustentável.