Título da redação:

Cidades paradas

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 11/09/2016

Historicamente, com a próspera época cafeeira no Brasil, as cidades cresceram de forma desorganizada e acelerada. Nesse sentido, a atual mobilidade urbana se evidencia como uma grande defasagem da organização governamental em promover maiores investimentos estruturais no país ,porquanto, prejudica o cotidiano de milhões de cidadãos. Assim sendo, convém analisar as decorrentes problemáticas dessa conjuntura na sociedade. Em primeiro plano, a alta aquisição de automóveis particulares impossibilitou a fluidez do trânsito nesse ambiente. Dessa forma, é evidente que esse impasse se conecta aos valores promovidos pela globalização, nos quais as diversas propagandas divulgam um estilo de vida majoritariamente em prol da obtenção de bens. Por conseguinte, com a má qualidade de transportes públicos, os indivíduos optam pela compra de veículos próprios. Logo, os engarrafamentos e a grande poluição atmosférica se tornam crescentes consequências das atitudes da população. Em segunda análise, a falta de variados modais de locomoção se liga a essa temática. Nesse viés, esse pressuposto está inserido na trajetória histórica da nação, por exemplo, no projeto desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek no século XX, pelo qual promoveu reformas e ampliações nas diversas rodovias em detrimento de outros meios de deslocamento. Analogicamente, os governos estaduais e municipais negligenciam os diversos recursos do amplo território brasileiro , com isso, uma imobilidade generalizadora se dissemina nas ruas e centros metropolitanos , que atrapalha a rotina social e trabalhista dos civis. Destarte, infere-se que essa questão necessita de medidas para a melhora do sistema urbanista. Em vista disso, o Ministério das Cidades poderia, com a contratação de mão de obra especializada, construir mais linhas de metrôs e ciclovias acessíveis aos habitantes, com boa estrutura e preços reduzidos, assim, diminuiria a excessiva preferência ao meio rodoviário e ajudaria na melhora da movimentação populacional. Paralelamente, o Ministério da Educação e as escolas deveriam, com profissionais capacitados, ministrar palestras aos alunos e seus responsáveis que frisassem nos perigos da exacerbada frota de automotivos na contemporaneidade. Por consequência, haveria uma conscientização acerca das emissões de combustíveis fósseis pelos carros e o consumismo desenfreado das pessoas, que possibilitaria na formação de seres humanos mais conscientes e ativos em seu meio.