Após a 2ª Revolução Industrial, os espaços urbanos no Brasil começaram a se tornar mais concentrados. Na época atual, essa concentração histórica acabou por gerar uma grande crise na mobilidade urbana brasileira, assolando boa parta da população que vive em grandes cidades e dificultando cada vez mais o deslocamento da mesma. É válido destacar, antes de tudo, a falta de planejamento e a ''macrocefalia'' dos grandes centros urbanos. As cidades não foram concebidas para suportar o número alto de habitantes que atualmente suportam e, assim, há um enorme inchaço populacional. Esse inchaço ocorreu pois, ao longo dos anos, muitas pessoas migraram para metrópoles com São Paulo em busca de maior oportunidades de emprego e melhores condições de vida. Junto com os migrantes vieram também mais automóveis, ocasionando lentidão no trânsito. Aliás, o trânsito vagaroso dos veículos também pode ser explicado pela falta da utilização de transportes alternativos. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, 1 em cada 4 brasileiros se desloca de ônibus para as atividades cotidianas, como ir trabalhar. Apesar da boa proporção, é preciso melhorar cada vez mais o número de pessoas que utilizam esse tipo de transporte. Além do ônibus, a população tem também com opção as ciclovias, entretanto, o número de pessoas que são a favor desse meio de deslocamento diminuiu de 87% para 59% no período entre 2014 e 2015, de acordo com pesquisa feita pelo IBOPE. Logo, é notável que a mobilidade urbana brasileira atual está em crise, consternando os indivíduos das regiões metropolitanas. Para solucionar o impasse, o Ministério das Cidades e dos Transportes deve repensar o planejamento das grandes cidades, alterando as vias veiculares existentes e incentivando o uso do transporte público e alternativo. Para que isso ocorra, é de suma importância a conclusão de obras já existentes, como os rodoaneis, e a construção de novas vias, como metrôs. Ademais, é papel da mídia a realização de campanhas publicitárias através da TV e Internet, estimulando o cidadão a usar mais a bicicleta e ônibus. Assim, haverá no futuro uma maior mobilidade para todos.