Nos dias atuais, viver em grandes cidades, é estar constantemente a observar as consequências negativas da precaridade em mobilidade urbana. Com falta de estrutura em transporte público, por exemplo, temos uma população que prefere se locomover com seus veículos particulares por prezar conforto. Em virtude disso, as ruas das capitais sofrem com o trânsito exacerbado. Diferente de outros países, o brasil não possui em sua cultura o incentivo do uso de transporte público. Com o advento das melhorias econômicas conquistadas na última década, a classe baixa que migrou para a classe média baixa, adquiriu maiores possibilidades de compra. E no quesito veículos, diferentemente do século 20, a classe proletária começou a possuir maior facilidade para financiar um carro. Como consequência disso, atualmente possuímos cidades com um maior número de carros, o que consequentemente, se causa maiores problemas de trânsito e locomoção. Há tempos atrás, a atriz Lucélia Santos foi flagrada andando de transporte público no Rio de Janeiro, o que causou grande espanto do público brasileiro. Isso é o reflexo da educação que é destinada ao brasileiro. A cultura dos países europeus, por exemplo, inclui o uso do transporte público. Diferente da nossa realidade, que considera o uso de ônibus, metrô e trem medidas que existem porque não há outras opções mais viáveis. Não andar de transporte público, para o brasileiro, é estar em um patamar social elevado. Por conta da falta de qualidade oferecida no transporte público e nas rodovias, o Brasil peca em mobilidade urbana, mesmo sendo um dos países em que mais precisa focar na melhoria deste segmento. Se o objetivo é melhorar a situação catastrófica existente, é preciso que o governo invista em medidas não paliativas e sim que gerem melhores definitivas em mobilidade urbana.