Os principais causadores da crise da mobilidade urbana brasileira são: o excessivo e crescente número de transportes individuais em circulação e a insuficiente e precária situação dos transportes coletivos. Por isso, é preciso melhorar o transporte coletivo e reduzir o número de transportes individuais. O alto número de transportes individuais em circulação não para de crescer. Segundo compilação de 2013 do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, na última década, o aumento percentual do número de veículos foi onze vezes maior que o da população. De 2001 a 2012, a frota brasileira passou de 24 milhões em 2001 para 50 milhões de veículos. Todos esses veículos circulando na fraca infraestrutura causa grandes congestionamentos nas metrópoles brasileiras. Entretanto, a péssima situação em que os transportes coletivos se encontram não está contribuindo para reduzir a quantidade de veículos em circulação. As lotações apinhadas de gente; a precária limpeza, conservação e manutenção dos veículos públicos; e a pouca importância dada ao transporte coletivo e sua infraestrutura são alguns dos fatores que contribuem para desencorajar a população de utilizar esses meios. Além disso, outro problema que essa crise intensifica é a depredação do meio ambiente. Os problemas gerados pela excessiva quantidade de veículos transitando em congestionamentos densos, compridos e demoradas é enorme e afeta não só a saúde dos seres humanos, mas também de todos os sistemas do planeta. Esses problemas vão desde a caótica epidemia de estresse ao sufocante aquecimento global. Portanto, a questão da mobilidade urbana precisa ser seriamente levada pela sociedade e pelos governos brasileiros. Para começar, os governos devem dar mais importância aos investimentos voltados à manutenção, construção e ampliação de linhas, faixas, corredores e vias de metrô, trem, ônibus e bicicletas, assim como, investir em programas que estimulam desde cedo a prática do ciclismo, o respeito às regras de circulação e a convivência pacífica nas ruas.