As ruas e avenidas de uma cidade são como artérias e veias, por elas circulam uma quantidade enorme de pessoas, veículos e informações. As estradas ditam o ritmo de vida urbano. Tal como o sistema circulatório humano, o sistema de uma cidade pode, muitas vezes, entupir e acarretar para o meio urbano uma grande carga de transtornos. Por tais motivos que a mobilidade urbana é um dos principais fatores para garantir uma qualidade de vida e um dos melhores indicadores do desenvolvimento social. Ter o próprio carro deixou de ser uma necessidade e passou a ser um fetichismo comercial. O veículo próprio é sinônimo de liberdade, poder econômico e status social. Tal fator leva a um aumento do mercado de vendas de automóveis e consequentemente um maior fluxo destes veículos nas vias urbanas. Não é difícil se notar nas ruas dezenas de carros contendo somente o motorista. O carro próprio inspira uma independência e uma elevação social, por não depender do transporte público. Com o aumento este aumento de carros nas ruas de uma cidade, consequentemente o aumento da emissão de gases poluentes será maior, a competição por vagas será maior e o tempo gasto no deslocamento será ainda maior. Vivemos em uma sociedade onde o tempo é um fator crucial. O aumento de veículos aumenta o tempo de deslocamento diário. Por este fator os governos municipais estão investindo na criação de faixas de transporte alternativo, como ciclovias, e na melhoria do transporte público urbano. Segundo uma pesquisa do IBOPE para a cidade d São Paulo o aumento dos adeptos ao transporte público subiu 23% em 2015 e o número de pessoas favoráveis à criação de ciclovias e ciclofaixas caiu 28% no mesmo período. Em oposição a este dado, o número de adeptos das bicicletas passou de 977 pessoas em 2014 para 2.112 em 2015. Os investimentos governamentais surtiram efeito também na porcentagem da frota daqueles que utilizam o carro diariamente, reduzindo-se 11% do uso do veículo em 22015. A melhoria da mobilidade urbana depende muito das ações governamentais municipais, que precisam investir na criação de transportes alternativos, como metrôs, trens e VLT’s (veículos leves sob trilhos), além do investimento na melhoria do transporte urbano. A mídia tem um importante papel, devendo reduzir a exposição da necessidade de um carro para um estilo de vida de alto nível, está redução terá um impacto social fazendo com que o uso e o consumo dos carros reduzam. A sociedade necessita conscientizar-se do impacto do veículo na mobilidade urbana e optar pelo transporte público, ou pelo uso coletivo de um carro, revezando com colegas e conhecidos o transporte por meio de caronas. A consciência do impacto que os veículos causam no transporte deve ser incutida especialmente nos jovens que serão os futuros motoristas, por conseguinte se faz necessário a participação das escolas fornecendo para estes jovens um ensino sobre o trânsito e responsabilidade social.