Título da redação:

Aglomeração tóxica

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 16/10/2016

A presente situação do trânsito brasileiro tem sua origem na década de 50, quando o incentivo às indústrias automobilísticas começou, de fato. A locomoção, na época, que era majoritariamente feita através de trens, passou a contar com a produção e montagem de carros em território nacional. Desde esse momento, até hoje, a frota de automóveis no Brasil aumenta exponencialmente. A facilidade de pagamento oferecida por concessionárias, aliada aos incentivos do Governo, na redução dos impostos, colaboram para o crescimento anual da quantidade de veículos no Brasil. Logo, juntamente com uma deficiência nas vias públicas, o número de carros se torna um obstáculo, visto que a ausência de uma infraestrutura eficaz de trânsito impede a plena mobilidade urbana, causando congestionamentos. Também, a poluição ambiental é outro entrave derivado da grande aglomeração diária de automóveis, já que na queima de combustíveis fósseis é liberado o gás carbônico, prejudicial para a natureza e para a saúde humana. É válido destacar, porém, que motivos e consequências vão além da facilidade de compra apresentada. Ademais, convém perceber que a carência de uma fiscalização policial factual em vias alternativas, como as ciclovias, reforçam a insegurança dos cidadãos que desejam fugir do tráfego caótico, do estresse e da falta de estacionamentos. O mesmo acontece com os pedestres, que, assim como os ciclistas, são expostos também à imprudência de alguns motoristas. Outrossim, outros meios de transportes, como os ônibus, são oferecidos e disponibilizados à população, embora não na proporção e demanda exigida, causando a super lotação, por exemplo, que demonstra a insuficiência das frotas disponibilizadas e gera outro transtorno: a impontualidade dos meios de transportes públicos. Destarte, o Governo necessita dividir seus incentivos entre a indústria automobilística e a mobilidade urbana como um todo. Para isso, deve-se levar em conta a demanda por transportes públicos e vias alternativas e objetivar supri-las, através da implantação de mais ônibus nas frotas, ciclovias e passarelas. Também, o policiamento deve ser repensado e o Ministério da Segurança deve pôr postos policiais em pontos estratégicos do tráfego. Além disso, bancos, particulares e públicos, e empresas podem incentivar o uso de outros meios, transformando, por exemplo, quilômetros rodados em benefícios, bônus e descontos.