A mobilidade urbana no Brasil, enfrenta uma grave crise atualmente; com índices crescentes a cada ano, a população enxerga cada vez mais distante uma solução para o problema. Na cidade de São Paulo, com pouco mais de 12 milhões de habitantes, evidencia-se boa parte desta crise. Cidade mais populosa do país, São Paulo sofre as consequências desse status. A maior parte dos trabalhadores paulistanos residem na periferia da capital, longe dos grandes centros empresariais onde trabalham. Desta forma, com o fluxo alto de pessoas e pouco investimento no transporte público de qualidade, o carro se torna uma opção confortável ao cidadão, mas que em contrapartida, contribui ainda mais para o aumento do tráfego urbano. Poucas pessoas tem a possibilidade de trabalhar próximo de suas casas aqui no Brasil, tornando difícil a mobilidade através de ciclo faixas e ciclovias, pois o percurso seria extremamente cansativo. O ônibus acaba sendo o meio de transporte mais utilizado, já que são poucas as linhas ferroviárias e metroviárias para atender cidades de grandes extensões; além disso, com a crise financeira do país, muitos estão abrindo mão do conforto e deixando o carro em casa, o que pode parecer ilusório dizer que o brasileiro está se conscientizando em optar pelo transporte público. Entra eleição, sai eleição e o transporte é um tópico básico das grandes promessas dos candidatos. O Governo, em parceria com o município, precisa tirar os projetos dos papéis, fazer investimento pesado em corredores de ônibus, além de aumentar a frota das linhas de grande fluxo, e expandir o metrô, levando essa opção não apenas nas regiões centrais, mas principalmente nas regiões periféricas, lugar onde mais carece de assistência pública.