A dificuldade na mobilidade urbana é um problema decorrente dos padrões que a mídia impõe, e do acômodo das pessoas acerca dos seus direitos, que na maioria das vezes não são reivindicados. Após a Revolução Industrial, o êxodo rural teve um início significativo, tornando as cidades muito mais movimentadas. Mas como se locomover com eficiência tendo em vista que o transporte público não cumpriria a demanda populacional? Esse problema fez com que as empresas privadas enxergassem diversas maneiras de lucrar, produzindo números maiores de automóveis e acessórios para ele. A mídia foi aliada dessa articulação, impondo o padrão do carro próprio na vida das pessoas. No início, deu bastante certo, promovendo conforto as pessoas que se locomoviam individualmente, porém o uso e o abuso de maneira desnecessária desse recurso, resultou nos enormes congestionamentos da atualidade. A dificuldade na mobilidade urbana afeta nos horários e na vida das pessoas, tornando-as ainda mais estressadas. E por mais que tenham direitos que podem ser reivindicados, essas pessoas continuam acomodadas. Esse acômodo gera um reflexo de satisfação quanto as serviços prestados, o que de fato, acaba acomodando o próprio Governo. O poder Legislativo pode agir criando leis, tais como a "Cultura da Carona" que poderia beneficiar as pessoas que cumprissem essa lei de maneira direta, dando-as prioridade em filas de programas públicos, tais como o Sistema único de Saúde (SUS), e o descumprimento dessa lei geraria multas exorbitantes que poderiam ser voltadas a construção de ciclovias e ferrovias. Essa articulação daria um resultado a sociedade: um trânsito muito mais pacífico.