Título da redação:

A logística brasileira

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 12/07/2018

Segundo o presidente da República do Brasil de 1926 a 1930, Washington Luís, “Governar é construir estradas”. Com isso, a construção de rodovias se intensificou, a fim de transportar matéria prima, como também para fins individuais. Porém, esse aumento gerou problemas ambientais e sociais, como a poluição e a desigualdade. Afinal, hoje, o Brasil vive numa crise de mobilidade urbana por questões históricas, econômicas e sociais. Em decorrência da falta de planejamento das cidades, do precário transporte público, do consumismo exagerado de carros e da falta de investimentos em outros transportes. Assim, faz-se necessário a criação de medidas eficazes para que essa crise seja interrompida. Em primeiro viés, é preciso compreender que a história do Brasil, sendo um país considerável subdesenvolvido, resultou nessa acelerada falta de condição de deslocamento no espaço geográfico. Isso deve às políticas de outros presidentes em épocas passadas, como o plano de desenvolvimento “50 anos em 5” do presidente JK, no qual modernizou o Brasil, trazendo empresas automobilísticas. Além disso, outro fator causador dessa crise foi a falta de planejamento na construção das cidades, em que de forma rápida e acelerada prevaleceu as pessoas com alta condição financeira que puderam morar perto do trabalho. Enquanto isso, a população pobre foi para as periferias. Essa desigualdade gerou problemas para a gestão pública, já que a população pobre não tinha condição para utilizar os transportes públicos devido ao seu alto custo. Somado a isso, outro problema decorrente dessa mobilidade urbana é o alto consumismo de carros, principalmente, depois da Guerra Fria. Segundo dados do Observatório das metrópoles, entre os anos de 2002 e 2012, enquanto a população brasileira aumentou 12,2%, o número de veículos registrou um crescimento de 138,6%. Isso gerou um aumento no congestionamento, poluição do ar pela liberação do gás carbônico e sonora. Esse consumismo, ainda, é aumentado pela falta de investimento do Governo em transporte público mais viáveis como metrô, trem e ciclovias, como também a precariedade, desconforto, falta de acessibilidade e segurança desses transportes. Torna-se evidente, portanto, que a mobilidade urbana é um problema no Brasil, ocasionado pela questão da segregação socioespacial, histórica e social. Dessa forma, o Governo deve melhorar a gestão pública, criando mais ciclovias, linhas de metrô e de trem. Além de investir no conforto e segurança dos passageiros, tendo um órgão para fiscalizar e arrumar os transportes de péssima qualidade. Ainda, as prefeituras municipais devem ter agentes para atender as pessoas que não têm condição financeira, distribuindo passe-livre para andar gratuitamente nos transportes públicos, a fim de atender toda a população com qualidade. Só assim, governar será construir estradas, mas com planejamento para que não repita novamente essa crise de deslocamento no espaço geográfico.