Um assunto que sempre gera longas discussões é o da mobilidade urbana, especialmente, nas grandes cidades. Políticos, em épocas eleitorais, fazem discursos sobre seus planos para este grande desafio, mas quando eleitos nem sempre conseguem cumprir tais promessas, pois o problema nem sempre depende de uma boa administração. Entre os anos de 2002 e 2012, segundo dados do Observatório das Metrópoles, enquanto a população crescia 12,2%, o número de veículos registrou um crescimento de 138,6%. Esse aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se à má qualidade de transportes públicos no Brasil, ao aumento da renda mensal do brasileiro nos últimos anos, à concessão de mais créditos ao consumidor, dentre outros fatores. O aumento do uso de transportes individuais em detrimento dos de uso coletivo colabora não só para aumentar o congestionamento, como também agrava a questão ambiental, pois o excesso de carros nas ruas gera mais poluição, o que interfere na vida da própria população das cidades, que sofrem com problemas respiratórios. Outra questão que precisa ser resolvida é o tempo de deslocamento, que vem aumentando não só pelos excessivos congestionamentos e trânsito lento nas ruas das cidades, mas também pelo crescimento desordenado delas. Entre as principais soluções para estes problemas, seria o estímulo aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e eficiência e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação desses veículos, além disso, o incentivo à utilização de bicicletas, principalmente com construções de ciclovias e ciclofaixas, também podem ser uma saída mais viável.