Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, na década de 50, a temática rodoviarísta consolidou-se e permaneceu forte. A implementação de ruas e estradas nos Anos Dourados se tornou mais intensa em decorrência do capital estrangeiro voltado para as empresas automobilísticas. Com isso, surge o excesso de veículos e o aumento do tempo gasto no transito dessa lógica excludente que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país pela infraestrutura inadequada. Em uma primeira análise, sob a ótica social , o grave quadro de engarramentos no Brasil é intrinsecamente motivado pela péssima qualidade dos transportes públicos . A fundamentação dessa correlação alicerça-se no fato de que o governo mostra-se, em muitos momentos, ineficaz, não atento as demandas públicas; ao passo que, em paralelo, – superlotados, morosos, mal estruturados – corroboram o quantitativo de veículos no Brasil. Nesse sentido, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o jornalista Roberto Carvalho aponta que o tempo de locomoção até o centro da cidade no Brasil, segundo , mostra-se um dos 5 mais lentos da América Latina, que é alimentado pelo descaso do governo. Dessa forma, como consequência, a sociedade torna-se dependendo do sistema transportes precário e da descrença das esferas públicas. Ademais, em um segundo plano, a intensa propaganda, em semelhante proporção, fomenta o quantitativo de carros nas ruas. Essa motivação sociológica-econômica decorre do sentimento de consumo e o conforte que o carro oferece que – em paralelo à falta transportes de qualidade, ao descaso com os problemas públicos e a uma polícia com fortes tendências à corrupção tem como produto o cenário caóticos visto no trânsito. Nessa perspectiva, em mesmo texto, Carvalho afirma ainda que a a propaganda excessiva e constante, é a principal causa do consumismo ao redor do mundo. Desse modo, a imprescindibilidade de superação desse panorama surge como um desafio da pós-modernidade. Dessa forma, com o intuito de se reverter esse panorama, a sociedade deve pressionar, por meio de denúncias e manifestações, as instâncias legislativas federais para que aprovem a modernização dos transportes públicos, a fim de que se implementem novos sistemas integrados de ferrovias. Ações publicitárias – em mídias como televisão, rádios e internet –, em paralelo, devem buscar o incentivo ao uso desses transportes. Assim, o alcance e a eficiência dessas ações serão relevantes conquistas sociopolíticas, de modo que se redesenhe um futuro de efetiva paz.