A constituição federal prevê, entre outras coisas, o benefício do transporte a todos os cidadãos. Isso é importante, inclusive, para a garantia de outros direitos sociais, uma vez que a dificuldade da mobilidade pode acarretar, por exemplo, na evasão escolar. Todavia a ausência de um serviço de qualidade e do planejamento urbano, essencial para que se possibilite meios alternativos de deslocamento, dão a forma do cenário atual: caos no trânsito e dificuldade na locomoção, principalmente, para os mais pobres. É necessário considerar, antes de tudo, que o serviço ruim e de pouca acessibilidade faz com que a maioria das pessoas escolha veículos particulares. Tal fato, somado com as ruas e sinalizações precárias na maioria das cidades, leva a inúmeros engarrafamentos. Além disso, nem todos tem a possibilidade de adquirir um veículo próprio. Outro aspecto importante está na falta de planejamento urbano para que se receba meios de transportes alternativos, bem como para evitar a concentração, em poucos bairros, de espaços públicos ocupados pela pulação. Embora São Paulo tenha implementado ciclovias, outras cidades parecem ter relutância quanto a esse tipo de projeto. Isso afeta diretamente pessoas mais pobres, geralmente moradoras de bairros periféricos e distantes do centro e que dependem de meios alternativos para se locomover. Afim de garantir serviço de qualidade e acessível a todos, é necessário uma profunda reflexão e transformação nos meios de transporte, sobretudo na malha urbana. Sendo assim, é importante que a população - através das Ongs - cobre do governo maior demoratização na mobilidade. Ficando sob responsabilidade do Estado, por exemplo, uma melhor distribuição dos espaços públicos, bem como a melhoria de sinalizações e construção de ciclovias.