Título da redação:

A crise da mobilidade urbana no Brasil

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 02/08/2018

Em 1928, o então presidente do Estado, Washington Luís, inaugurou a primeira rodovia asfaltada no Brasil, concretizando o lema de sua gestão: “governar é abrir estradas”. No entanto, foi durante a presidência de Juscelino Kubitschek, ao final da década de 1950, que o rodoviarismo foi implementado de maneira contundente, mediante o incentivo do crescimento desordenado da indústria automotiva, causando, assim, graves problemas na mobilidade urbana brasileira, situação prejudicial ao bem-estar nacional. Mormente, o tráfego citadino do Brasil enfrenta muitos desafios. Em defesa dessa assertiva, é possível citar o fenômeno que atinge os grandes centros urbanos popularmente conhecido como “engarrafamento”. Causado pelo grande crescimento da frota veicular e pelo exíguo aumento do número de rodovias do país, esse é o principal problema enfrentado pelos setores nacionais de transporte. Isso se deve ao fato de que, além de ser responsável por aumentar a insegurança nas malhas rodoviárias, tal infortúnio também prejudica a economia do país, visto que, as pessoas perdem, no trânsito, horas que poderiam ser utilizadas em atividades laborais, as quais geram renda e movimentação financeira. Assim, são evidentes os prejuízos que a deficiência na mobilidade urbana do Brasil causa ao âmbito social. Esse campo, contudo, não é o único infortunado por tal impasse. Os transportes coletivos, sobretudo, os ônibus, apresentam condições precárias e um alto valor, fatores que fomentam a insatisfação da população e impulsionam a elevação do uso de automóveis privados. Ademais, sob a perspectiva biológica, a ineficiente rede locomotiva do país é responsável por agravar as poluições atmosférica e sonora nas localidades onde o tráfego é mais intenso. Concomitantemente, devido à falta de planejamento urbano, as intituladas “áreas verdes” dão lugar a estradas, as quais, em geral, não amenizam o problema do congestionamento nas cidades, asseveração comprovada historicamente pelos equivocados ideais desenvolvimentistas, já citados, de Juscelino Kubitschek. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para melhorar a mobilidade urbana do Brasil. Logo, é indispensável que o Governo Federal e as autoridades estaduais promovam a ampliação da rede pública de transportes, garantindo uma melhoria na qualidade e um preço justo, visando a minimização dos congestionamentos. Além disso, ações como a implantação de ciclovias e a adoção do rodízio veicular executadas em todas as metrópoles nacionais pelos governantes são imprescindíveis, a fim de dinamizar o tráfego e, consequentemente, reduzir os problemas ambientais. Outrossim, com o intuito de mitigar o número de carros particulares nas vias citadinas, é conveniente que os ambientalistas, com o auxílio da mídia, disseminem, por intermédio de campanhas, os benefícios do uso de veículos coletivos e alternativos – como ônibus, bicicletas e metrô – pela população, pois, assim, será possível minorar os desafios do tráfego brasileiro.