Título da redação:

A crise da mobilidade urbana brasileira.

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 28/09/2016

Em uma das cenas do filme "Um dia de Fúria" o personagem principal, interpretado por Michael Douglas, durante a viagem para sua residência é impedido de deslocar-se com seu carro, por conta de um trânsito completamente congestionado, o que contribuí para sua explosão de fúria, fazendo abandonar o veículo no meio do engarrafamento e prosseguir o restante do caminho a pé. Fora da ficção, problemas por conta da crise da mobilidade urbana são uma realidade no Brasil, que vão desde engarrafamentos à prejuízos do ar atmosférico. Com o advento da Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo houve um crescimento na aquisição de automóveis pela população. Dessa forma as empresas, visando o lucro, focaram mais na produção de veículos populares ao invés de investimentos no sistema metroviario, sendo a primeira mais rentável para as elas por conta de gastos como manutenção do veículo. Esse aumento de automóveis acarreta em congestionamentos quilométricos na grandes capitais, pois a elevação da frota não foi acompanhada de um planejamento das cidades para circulação deles, de acordo com estudo feito pelo Departamento de Engenharia de Transportes da USP. Ademais, além do trânsito não fluir, o aumento de veículos é proporcional ao acréscimo da liberação de gás carbônico na atmosfera , causando problemas de saúde e ambiental, como bronquite asmática e chuva ácida, respectivamente. Contudo, o problema está longe de ser solucionado. Faltam trens metropolitanos em um grande número de capitais e as que possuem, necessitam de melhorias e ampliamento da rede, conforme dados da ANTT ( Agência Nacional de Transporte Terrestre). Além disso, a quantidade de ciclovias nas grandes cidades é baixa e há falta de incentivo à população para o uso de meios alternativos de transporte, segundo o Instituto de pesquisa Datafolha. Por fim, falta uma maior fiscalização no trânsito em relação ao respeito e segurança do ciclista, acabando por desentilular esse tipo de locomoção que, além de ser prático, não polui como um veículo motorizado. Portanto, medidas são necessárias para resolver a questão. O Ministério da Fazenda , por intermédio da Receita Federal, deve investir uma maior parcela dos impostos arrecadados para parceirias público-privadas que ampliem a linha metroviária nos centros urbanos, o que diminuiria o fluxo de veículos nas capitais, bem como o os níveis de liberação de carbono. Outra medida, seria o Ministério da Educação inserir na lei de diretrizes e bases da Educação Nacional a obrigatoriedade de uma disciplina voltada à mobilidade urbana nos ensinos secundários e médios. Isso faria com que professores ministrassem aulas de como o cidadão poderia contribuir para um trânsito urbano sustentável, como o uso de bicicletas que não poluem como um veículo a combustão, contribuindo assim para que seus alunos não sejam adultos sem consciência social e ambiental, pois como disse o Immanuel Kant " O ser humano é aquilo que a educação faz dele".