Ao longo da formação das grandes cidades brasileiras, do século XVI ao XXI, houve uma intensa mudança no serviço público de transporte. Na transição da idade moderna para a contemporânea, as ruas que eram percorridas por bondes, que ocupavam pouco espaço, passaram a ser transitadas por ônibus, motos e carros. Com isso surge a problemática da deficiência no transporte público ocasionado pelo aumento do uso de automóveis particulares, tendo em vista o péssimo serviço oferecido pelos transportes públicos e como consequência contribui para a degradação do meio ambiente. Sabe-se que milhares de brasileiros utilizam o transporte público diariamente. No entanto, uma pesquisa feita pela agência nacional de transporte urbano mostrou uma redução de 9% ao mês, em 2015, do número de passageiros de ônibus, enquanto a venda de carros cresceu 23% ao mês. Esse quadro pode ser explicado pela insatisfação do usuário de transporte público devido ao descaso das empresas de condução pública aos frequentes assaltos ocorridos nos ônibus, à falta de higienização dentro desses automóveis e a lotação de passageiros. Convém lembrar ainda que o crescimento no número de carros nas ruas acompanha o aumento da poluição atmosférica. Os automóveis liberam gás carbônico e outros gases nocivos ao meio ambiente, o que contribui para distúrbios climáticos e ambientais como o aumento do efeito estufa e das ilhas de calor- a temperatura média na cidade se torna mais elevada do que nas regiões rurais próximas. A congestão do tráfego urbano automotivo, portanto, deve ser encarado como um problema social e ambiental, visto que, interfere na qualidade de transporte oferecido aos cidadãos brasileiros e estimula a degradação do meio ambiente por meio da poluição atmosférica. Assim, a associação nacional de transporte públicos precisa aumentar a fiscalização das empresas operadoras, garantindo coletivos com sistema de segurança e conforto e um maior número de frotas disponíveis estimulando, assim, o uso do transporte coletivo. Somado a isso, o Ministério de ciência e tecnologia deve investir verba pública em pesquisas nas universidades federais voltadas para a criação de automóveis com baixa emissão de gases poluentes.