Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 21/05/2019

Desde os incentivos à expansão da política rodoviarista, promovida por Juscelino Kubitschek, o Brasil passa por uma valorização exagerada do carro, que culmina em problemas de mobilidade urbana devido aos exorbitantes números de veículos em circulação que impedem a fluidez do trânsito. Contudo, o crescente entrave de locomoção afeta de forma mais profunda a vida social, pois também desencadeia problemas de saúde e climáticos. É elementar que se leve em consideração, primeiramente, que o Brasil é um país majoritariamente urbano, de acordo com Censo 2010, cerca de 85% da população vive nas cidades. Desse modo, é importante perceber que devido padrão de crescimento das metrópoles brasileiras em que a maioria dos trabalhos se concentram na região central e os cidadãos moram nas regiões periféricas, houve um intenso incentivo ao transporte particular, que ainda hoje carrega um valor de status social. Entretanto, essa equivocada política pública propiciou números exorbitantes de carros, que são um dos principais culpados pelos congestionamentos. Além disso, as horas perdidas no trânsito também afeta a saúde dos indivíduos, devido ao estresse ou pode causar doenças, como câncer e respiratórias por causa da poluição do ar. Uma vez que o automóveis liberam diversos gases tóxicos que afetam, não somente, a saúde humana, mas o meio ambiente causando a chuva ácida e intensificando o efeito estufa. Por conseguinte, o problema da mobilidade urbana não é uma dificuldade somente de locomoção, mas um obstáculo a uma melhor qualidade de vida. Porque a medida os governos investem em políticas diversificando os meios de transporte, priorizando o transporte público, os cidadãos gozam de mobilidade e melhor qualidade de vida, tal fato reflete também em uma melhora econômica, pois os indivíduos terão melhor desempenho no trabalho e mais tempo livre. Sendo assim, cabe ao Ministério de Infraestrutura promover incentivos fiscais na compra de veículos com combustíveis alternativos, que poluam menos. É essencial, ainda, que as Secretarias de transporte desenvolvam um planejamento de mobilidade investindo na criação de ciclovias, metrôs e trens, mas principalmente na integração de modais, como o caso dos hidroviários, para as cidades que possuem rios navegáveis. Somente, com políticas públicas que compreendam a atualidade será possível integrar mais a cidade aos seus cidadãos.