Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 02/05/2019

Na década de 1950, durante o Governo JK, a criação do Plano de Metas possibilitou que varias indústrias automobilísticas estrangeiras tivessem suas filiais instaladas no Brasil, fazendo com que a compra de automóveis se tornasse algo comum para boa parcela da população. No entanto, hodiernamente, é notável que o reflexo daquela política desenvolvimentista contribuiu para que a crise da mobilidade urbana no país apresente-se em constante crescimento, levando muitas pessoas a avaliarem meios que possam intervir nesse impasse e solucioná-lo. Assim, para que isso ocorra, é necessário avaliar a qualidade dos transportes públicos e refletir sobre a falta de infraestrutura das ciclovias em diversos municípios do país, principalmente nos grandes centros urbanos. Primeiramente, não é novidade que a qualidade dos transportes coletivos no país não é das melhores e isso claramente contribui para essa crescente crise. Nesse viés, é inegável que a maioria da população opta por carros e motos justamente pelo conforto e autonomia que os coletivos não dão. Sobre isso, percebe-se que muitos ônibus públicos apresentam o problema da superlotação, além de possuírem horários que não beneficiam os usuários, uma vez que muitos deles são obrigados a acordarem cedo para não correr o risco de "ficar no ponto". Destarte, é preciso que haja por parte do poder público e das empresas privadas responsáveis por esses transportes debates sobre a melhoria desses veículos e uma reavaliação sobre os seus horários de funcionamento. Outrossim, nota-se que alguns brasileiros já tomaram conhecimento dessa crise e têm atuado na busca por novos meios de locomoção, como as bicicletas. Em contrapartida, apesar de muitos deles serem adeptos a esse transporte, que é tão essencial para a contenção desse imbróglio existente, não há em grande parte do território nacional a criação e execução de políticas públicas aplicáveis no que tange ao desenvolvimento de ciclovias. Consequentemente, aqueles que optariam pelas bikes se veem obrigados a aderir ou ao transporte coletivo de má qualidade ou ao automóvel próprio, o que aumentaria o problema da mobilidade urbana, simplesmente pela falta de segurança que os governantes deveriam proporcionar a eles, que ficam propensos aos variados tipos de acidentes por não terem uma rota só para bicicletas. Por isso, é preciso que a população cobre dos seus governantes medidas alternativas a esse revés, pois já dizia Rui Barbosa que "Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles". Sendo assim, diante dos argumentos supracitados, medidas são indispensáveis para a alteração do cenário vigente. Para tanto, é fundamental que o Ministério da Infraestrutura, juntamente com os Governos Municipais, trabalhe no desenvolvimento dos coletivos e na ampliação do uso das bicicletas pelos cidadãos, por meio da criação de novas políticas de implementação de ciclovias nos municípios do país, especialmente naqueles em que o fluxo de automóveis se encontra elevado, bem como promover acordos de melhorias nos transportes públicpúblicosos com suas respectivas empresas privadas, com o fito de oferecer melhores alternativas de locomoção para a população e mudar o panorama em relação ao seu uso, fazendo com que as pessoas passem a escolhê-los em detrimento dos carros e motos. Desse modo, será possível conter, ainda que gradativamente, essa crise na sociedade brasileira.