Título da redação:

Segregação democrática

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 27/01/2015

"Camarotização social" e "segregação", teoricamente, são palavras que não podem compartilhar espaço com "democracia" em uma mesma frase. O mínimo que se espera de um país que sofreu tanto durante a década de 1980, para conseguir a tão sonhada democracia, é que ele se orgulhe do feito e honre todas as palavras de ordem ditas em movimentos, como o "Diretas já". Após décadas, o Brasil continua sofrendo: a classe social baixa vota na classe ascendente, que por sua vez entrega o país nas mãos de grandes empreiteiras. Segundo a Constituição Brasileira, promulgada em 1988, o voto é direito de todos os cidadãos (o que é tido como democracia). Mas e os eleitos? Permanecem nos cargos por quatro anos e realizam ações, fazem propostas de emenda constitucional, utilizando jargões a fim de manter a classe descendente "fora" das decisões mais importantes referentes ao rumo do país. A sociedade brasileira é desmotivada quanto a política, pois, desde a conquista da democracia, o voto é visto pelos mais velhos e passado a diante para os mais novos, como obrigação. Algo fixo, que nunca irá mudar seu objetivo principal (independentemente da vertente direitista ou esquerdista): acúmulo de capital para o bem pessoal. Podemos encaixar a política na teoria de biopoder do filósofo francês Michel Foucault: candidatos de vertentes diferentes, utilizam de sua sabedoria (e por que não dizer "esperteza"!?) para convencer as diferentes classes sociais de suas competências, e nessa "guerra" de política, sai ganhando quem não faz parte da classe descendente (mais uma vez).