É notório que a inflação deixada pelo governo militar no Brasil, resultou na divergência entre as classes econômicas cada vez mais acentuada. Atualmente discute-se a respeito da camarotização da sociedade no país. Esta, amplia a desigualdade e opõe-se ao ideal da democracia. “Camarotização” é o neologismo criado para definir a segregação entre pobres e ricos, cunhado pelo filósofo Michael Sandel. Nos diversos ambientes sociais é perceptível que o convívio entre as classes está desaparecendo. Escolas publicas e privadas separam os mais simples dos abastados assim como os hospitais e supermercados. Fica evidente que apenas parte da população tem acesso aos melhores atendimentos enquanto a maioria não. Por conseguinte, tal segregação não beneficia nenhuma classe social e torna-se uma afronta a democracia. Segundo o artigo 6º da constituição é direito de todos, o acesso a saúde, educação, emprego dentre outros. Porém, é sabido que em um sistema capitalista os privilegiados são os que possuem mais posses. Sendo assim, a segregação da população destrói a ideia de um bem comum. Observa-se que a luta pela igualdade no sistema capitalista, está longe de ser alcançada, mas é preciso que a sociedade disponha-se a obter uma equidade. Além disso, o governo público deve atuar quanto a oferta de serviços de qualidade nas diferentes áreas