Título da redação:

Pontes para a igualdade

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 24/02/2015

O século XXI reflete as imposições sociais, econômicas e políticas de uma sociedade que tanto lutou pela igualdade. Dos ideários iluministas aos pressupostos revolucionários, a questão do igualitarismo como recurso democrático encontra-se em falência. O exclusivismo da classe opressora dominante está focado no egocentrismo dos privilégios da classe média. Partindo de tal problemática, a ''camarotização'' da sociedade contribui para a disseminação da desigualdade e evidencia a fragmentação de um coletivo incapaz de lidar com os futuros problemas do por vir. A camarotização abrange os diversos espaços públicos e privados, onde a ostentação de bens materias perpassa ultrapassando a ideologia igualitária. Sendo assim, a camada mais abastada perde seus direitos em meio ao preconceito dos demais. Logo, o espaço vivencial se torna incompatível para a troca de experiências e até mesmo o convívio entre todos aqueles que nasceram livres perante à Lei. Em linha exemplar, a prepotência da classe média impossibilita a ocupação democrática de boates, eventos e até mesmo nas festas tradicionais que propagam a cultura imprescindível de uma localidade. Em contrapartida, o ''rolezinho'' surgiu como reação ao sistema predatório capitalista exclusivista e se classificou nas manchetes midiáticas pela ocupação de um espaço privado, onde apenas a classe operante pôde 'desfilar' por entre as vitrines. Tal movimento explicava a carência daqueles que sofriam com a desigualdade e necessitavam de um contato com o mundo afora. Entretanto, o exclusivismo só é válido quando se trata de necessidades especiais em relação a prioridades como se vê na reserva de espaços para quem realmente precisa de tal recurso, ora de segurança, ora de conforto. A mudança é a lei. Dessa maneira, os padrões elitistas da classe média que só quer privilégios, e não direitos, precisam ser repensados pelos representantes políticos e sociais.Assim como, a própria sociedade como disseminadora dos direitos e deveres precisa estar atenta ao igualitarismo como forma de autenticação da democracia moderna. Atentando-se à compreensão de que é preciso que uma sociedade esteja unida para que assim ela própria repense acerca do que se quer como reflexão, assim também para com a compreensão do mundo. Assim, tais camarotes sociais serão substituídos por pontes rumo à liberdade, igualdade e fraternidade.