Há limites para o humor? A relação entre a liberdade de expressão e a ofensa. A liberdade de expressão consiste no direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliação ou censura por parte do governo ou de outros membros da sociedade. Já a ofensa é um tipo de manifestação, pela qual o indivíduo se sente insultado ou desqualificado. Logo, esses dois conceitos entra em contradição frequentemente, o que muitos veem como uma forma engraçada de se expressar, outros veem como uma forma de discriminação. Além disso, para muitos comediantes a forma mais fácil de provocar risada é investir no preconceito. Por exemplo o humorista Rafinha Bastos, que fez um comentário bastante ofensivo e desrespeitoso sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo. É inegável que isso causou uma grande discussão, acerca do papel do humor e de quais são os seus limites. Mas ele não é o único, essa onda de humor baixo está cada vez mais ganhando força. Contudo, nem a piada nem o riso ocorre no vácuo, seus alicerces são sociais, culturais, políticos e ideológicos. Quando o comediante faz seu trabalho para expor defeitos, limitações ou ser cruel e o público aplaude e ri também é responsável, pois ao fazê-lo reforça a mensagem, ou seja, o preconceito está na sociedade. Diante dos fatos mencionados, faz-se necessário desenvolver mecanismos capazes de acabar com esse humor ofensivo. O que pode ser feito através do Ministério dos Direitos Humanos, criando propagandas, campanhas e projetos de conscientização tanto para os humoristas como também para as pessoas que apoiam essa forma de ofensa. E a criação de um site de ouvidoria, para que a população que sofre com essas piadas crueis possam fazer denúncias ou sugestões. Além disso, punir severamente os comediantes que continuarem com essa prática, como multa ou prisão.