As redes sociais nos permitem comunicação em questão de segundos com pessoas queridas e ao mesmo tempo são campo aberto para uma verdadeira guerra entre pessoas ou grupos que apresentam alguma discordância. A atualidade presencia verdadeiros debates pela internet onde muitas vezes palavras ofensivas são lançadas sem o menor constrangimento, somente pelo fato transpassar o mundo virtual antes de atingir o desafeto. Além dos meios virtuais que estimulam essa "liberdade" no uso de uma fala ofensiva, assim denominada como discurso de ódio, verifica-se uma sociedade dividida cada vez mais por ideologias marxistas fomentando lutas de classes e grupos antagônicos na economia, política e ideologia. Existe uma constante estimulação em grande parte da mídia brasileira e nas políticas públicas em criar esse antagonismo na sociedade no momento em que cria os grupos e passa a vitimizá-los. Para Charles Sykes esse vitimismo é causado por armadilhas invisíveis de queixas emocionais, raciais, sexuais e psicológicas. Segundo Rossiter (2016) essa mentalidade retira dessas classes qualquer responsabilidade sobre seus problemas onde nenhuma de suas agonias são atribuídas às suas próprias falhas ou erros, a qual atrapalha o equilíbrio das influências recíprocas entre indivíduos, família, comunidade e governo. Um novo modelo de política pública que reforce mais a igualdade e não a diferença, os direitos e também os deveres, o chamado a responsabilidade e não ao vitimismo pode reconfigurar essa forma de ver o mundo das pessoas onde não é o discurso de ódio que fragmenta a sociedade, mas a fragmentação da sociedade e enfatiza o mesmo.