O quadro que define a sociedade brasileira tem estado cada vez mais no processo de "camarotização", cujo termo define, que as diferenças sociopolíticas têm sido maiores, do que o sentimento de igualdade a respeitos destas. Durante o período da Idade Média, a organização política e econômica da comunidade, era dividida em diversas classes, nas quais, aqueles que possuíam terras e um poderio maior econômico, tinham privilégios perante a Igreja Católica e também sob todos que estivessem abaixo na pirâmide social. Este processo, camarotização, tanto política como econômica, também é visto nas relações de vassalagem, que predominaram com o Feudalismo por aproximadamente três séculos. A realidade atual, não tem se diferenciado dos tempos da Idade Média. Muitas vezes, a separação da camada social tem se acentuado, devido ao privilégio que parte desta possui, afetando além da vida em comunidade, as formas políticas, pois é comum a formação de aristocracia, isto é, a posição de poucos no poder, fenômeno que tem estado claramente presente no Brasil do século XXI. Assim, é fácil perceber que o termo "camarote" não é válido somente para shows e estádios de futebol, mas tem valido também para a atual situação brasileira, política e social. É preciso que medidas sejam tomadas para que haja uma sociedade homogênea e um governo que seja justo com todos, e represente a todas classes sociais. É imprescindível que incentivos sejam dados para aqueles que têm estado em "camarotizaçao" passem a desejar viver no meio comum, de forma que melhorias em áreas públicas, juntamente com a interação da sociedade com estas, possam formar uma realidade única, com um governo que atenda a todos, privilegando toda uma nação e não somente algumas elites.