Título da redação:

Cultura Arcaica Perdura até os Dias Atuais

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 10/04/2018

Ainda hoje, a mulher é vista como propriedade e em consequência disso, o homem pensa que pode fazer o que quiser com o seu corpo, de acordo com a socióloga Samira Bueno. Isso se deve por causa do pensamento arcaico de que a mulher deve servir ao homem e satisfazer seus desejos, o que era normal na antiguidade. Em vista disso, faz-se necessária a discussão mais ampla sobre o assédio sexual no Brasil, a fim de instruir a população. Na Grécia Antiga, em Atenas, a mulher não tinha direito à cidadania e devia ficar em casa calada, totalmente subordinada ao marido. Desse modo, as mulheres já vêm sendo vistas como seres inferiores aos homens e como objeto de prazer há muito tempo, estigma que vem encontrando dificuldades para se extinguir. Em vista disso, o assédio sexual contra a mulher hoje em dia é um reflexo da ideia de posse dos homens sobre as mulheres desde as sociedades antigas. O assédio em locais públicos já foi presenciado por aproximadamente 86% das mulheres, de acordo com uma pesquisa realizada pela ActionAid. Isso posto, essa é uma realidade vivenciada pela maioria das mulheres, porém muitas delas não denunciam esses crimes, pois numa sociedade que reforça a supremacia masculina, não fica claro para muitas mulheres quando uma cantada torna-se assédio. Por conseguinte, é necessário trazer à tona que o comportamento visto como elogio ou cantada, quando acompanhado de constrangimento ou importunação, é crime e deve ser punido. Destarte, faz-se necessária a criação de medidas por parte do Ministério da Educação para instruir, principalmente, as crianças e adolescentes sobre o assédio sexual e os danos que o mesmo pode causar, em tentativa de diminuir esses casos. Assim sendo, professores deveriam ser instruídos a debaterem mais abertamente sobre esses assuntos com os estudantes na tentativa de extinguir esses estigmas. Além disso, projetos como o Grupo Flor Mulher, na Paraíba, deveriam ser disseminados por todo o território nacional através da mídia e de campanhas publicitárias, mobilizando politicamente as mulheres para o combate à violência e à discriminação das mesmas.