Título da redação:

Como enfrentar o dilema da nomofobia no Brasil

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 02/04/2018

O filme de ficção cientifica “Matrix” mostra um mundo no qual o avanço tecnológico chegou ao extremo em que as máquinas passaram a dominar a humanidade. Nessa perspectiva, já existem, hodiernamente, transtornos oriundos da intensa relação das pessoas com a tecnologia. Um deles é a nomofobia, dependência dos indivíduos por seus celulares, que se mostra como um problema a ser enfrentado pela sociedade no Brasil. No âmbito dessa discussão, o filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella, em seu livro “Não nascemos prontos! Provocações filosóficas”, chama atenção para o fato de que, embora seja muito importante para humanidade, a tecnologia precisa ser usada com sabedoria, uma vez que é mera ferramenta destinada a facilitar a vida do homem. Todavia, o que se vê, atualmente, são pessoas gradativamente mais dependentes de seus celulares, a ponto de se desconectarem do mundo real. Destarte, esses indivíduos têm prejuízos em suas relações pessoais, sociais e profissionais em virtude da ansiedade, estresse, irritabilidade e problemas psicológico que a forte ligação com seus aparelhos lhes causa. Ademais, outro ponto que merece ser ressaltado é a pouca idade com que as pessoas são expostas à tecnologia e, consequentemente, aos celulares. Nesse sentido, uma reportagem divulgada no site da revista Veja alerta para o intenso contato que as crianças e jovens têm com esses dispositivos. Seguindo essa lógica, uma relação que se torna mais precoce conforme se passam os anos aumenta a chance desses indivíduos desenvolverem a nomofobia e consequentemente, experimentarem todos os malefícios a ela inerentes. Dessa forma, cabe ao Ministério da educação promover palestras nas escolas e incluir esse tema entre aqueles que devem ser debatidos pelos educadores no exercício da interdisciplinaridade, a fim de conscientizar os jovens acerca do uso inteligente das ferramentas tecnológicas. Ademais, o Ministério da Saúde deve utilizar-se dos diversos meios de comunicação para realizar campanhas que informem sobre o problema, com atenção especial dedicada a forma com que os pais devem administrar a relação dos filhos com as novas tecnologias. Por fim, o referido órgão precisa disponibilizar, na rede pública de saúde, o tratamento adequado para o distúrbio, com psicólogos e psiquiatras preparados. Assim, essas ações ajudarão as pessoas na construção de um trato mais saudável com seus celulares.