Vivencia-se uma sociedade onde os ricos e os de menos recursos vivem vidas cada vez mais distintas. A “camarotização” social é apenas mais uma evidência de um mundo em que a imagem vale muito, em que já há um desvirtuamento dos valores, onde possuir é mais importante do que ser alguém de bem. Com isso, se propagou o desaparecimento do convívio em harmonia entre classes diferentes. Com tal situação, tem-se a noção do quão distante a Roma antiga encontra-se não só historicamente; mas também em valores, posicionamentos e comportamentos, pois ao invés de incluir e unir as classes, está ocorrendo o inverso, se comportando como uma sociedade de estamentos. Esses fatores são fortemente observados, já quer os níveis sociais vivem, trabalham, compram e se divertem em lugares divergentes. A partir da revolução industrial, e junto a lógica capitalista, houve uma anástrofe de traços; determinando que, as pessoas valem pelo patrimônio material que têm e não pelas qualidades que possuem. Com tal método e o incremento das redes sociais, se potencializou o poder de consumo, indicando uma sociedade do espetáculo. Perante a isso, quem não consegue se enquadrar nesse estilo imposto a ser seguido, sofre consequências; se frustrando e buscando meios para igualar-se aos demais, tendo como destaque a marginalização e a “piratização” dos produtos. Contudo, evidencia-se que a realidade da segregação social ainda é uma problemática atual. Ademais, é necessária a intervenção humana a fim de garantir melhores condições, a toda e qualquer classe, garantindo direitos igualitários perante a lei. Nesse sentido, é imprescindível uma maior atividade dos cidadãos politicamente, com o intuito de assegurar uma sociedade harmônica, na qual todos possam usufruir dos mesmos privilégios, sem que haja nenhuma distinção.