A Grécia Antiga, mesmo sendo o berço da democracia, tinha suas camarotizações pelo fato de que nem todos participaram do processo democrático e estavam incluídos nos benefícios trazidos por ele. Assim é na sociedade brasileira. De um pequeno camarote em uma boate, a condomínios fechados para ricos. A separação entre a classes está presente em diversos aspectos, criando duas realidades distintas. É notável a segregação das classes sociais, o mais microscópico são os seus efeitos. A chamada classe A, obtém privilégios sobre as demais, e aí está o x da questão, a desigualdade social. Se alunos de escolas públicas necessitam de cotas -em sua maioria- para ingressar nas universidades, mostra que alunos de escolas particulares levam vantagem por suas famílias terem condições financeiras capazes de comprar um ensino melhor. Quem tem, é capaz de comprar tudo, passando por cima até da democratização. Apesar do voto ser obrigatório para todos, a democracia não é. Viver em uma democracia vai além da escolha representativa, deve se ter direitos equivalente para todos. Escola e saúde de qualidade, segurança, áreas de laser. São alguns direitos que sofreram camarotização, e uma parcela da sociedade não tem alcance a eles, e se tem, olham para cima almejando que chegue ao nível tão bom qual. É preciso, portanto, uma reflexão da própria sociedade sobre os danos que a marginalização de classes causa para a população em geral. Se todos são unidos, mais fácil é conciliar a vivência e os objetivos políticos, por exemplo. Mas isso só não basta. O governo deve trabalhar para que os direitos entre os grupos sejam iguais. Fornecer uma boa segurança, saúde, educação e o necessário, para que assim qualquer indivíduo -independente de seu status social- possa ter boas oportunidades e mesmos privilégios.