Na Roma antiga,ainda que houvesse a divisão de classes, os patrícios e plebeus conviviam nos mesmos espaços públicos harmonicamente , presenciavam espetáculos , corridas e lutas . No Brasil , entretanto , apesar da segregação acontecer , é dificultoso ver vida em comum entre as classes. Nesta democracia em que vivemos não existe a igualdade, o viés que deveria sustentá-la , o que há é a desigualdade , marcada e pela contradição e a exclusividade. A hierarquização da sociedade brasileira na contemporaneidade tem se intensificado, espaços cada vez mais luxuosos e restritos contribuem para a ''Apartheid'' social, ou seja, a separação dos abastados daqueles que detêm um poder aquisitivo muito inferior. Com isso , a elite é privilegiada , isso demonstra que o objetivo da vida tornou-se o ter , ostentar e principalmente divulgar a superioridade através de redes sociais e lugares públicos e privados . Além disso, com a camarotização regada por este sistema capitalista ,o convívio entre classes distintas está desaparecendo ,logo, o status social determina qual lugar cada um deve frequentar. Devido a isso os contrastes sociais se expandem gerando a coexistência da frustração e desejo de conviver em um patamar comum , por parte daqueles considerados marginalizados. Portanto, é óbvio que as posições sociais nos diferenciam, ricos e pobres, mas a equiparação dos direitos individuais e coletivos, faz-se necessário , pois na democracia deveríamos ser iguais denotativamente. E vale ressaltar a importância da harmonia e miscigenação das camadas sociais , para um desenvolvimento igualitário.