‘’Ser é mais valioso do que ter’’, antigamente, era comum a defesa de tal pensamento. Porém, a realidade da sociedade brasileira no século XXI é oposta à isso. Em uma sociedade, onde a condição do ter é maior que o ser do indivíduo, é evidente que tal pensamento acarretará graves consequências, como a segregação e uma sociedade hierárquica. O conceito como era classificado o Brasil nos tempos coloniais – arquipélago econômico, por não ser conectado - apesar de toda a modernização , se encaixa, infelizmente, ainda no âmbito geral da questão social. É notório, portanto, a presente hierarquização de classes sociais. Na medida em que, vive-se em uma sociedade capitalista, a defesa e a valorização dos bens e das riquezas é presente. Nesse contexto, de um lado encontra-se uma parte da sociedade elitista, que vive de privilégios de acordo com seu poder aquisitivo. A sociedade de espetáculo é o que define grande parte dessa parcela social, que apresenta consumo majoritariamente ligado a necessidade de exibição do mesmo. Um exemplo, é o incremento das redes sociais para alcançar esse objetivo, divulgando ainda mais a ideia e a valorização do possuir. De outro lado, o grupo da sociedade com menor poder aquisitivo e separado, sofre com as ações excludentes cotidianamente. O apartheid racial que Mandela dedicou-se a finalizar, contudo, é existente e bem definido na população brasileira em preconceito social. Como, a dificuldade de obter acesso de qualidade em hospitais, no âmbito educacional e consequentemente na área profissional, que trazem consigo graves consequências - frustração pessoal e falsificação de produtos. Diante disso, é necessário a alteração de direitos que só privilegiam uma parte da população quando se vive numa democracia. Portanto, é dever do governo adotar medidas e propostas para a redução de tal disparidade, como uma reforma social, afim de abolir a divisão de classes. Juntamente, com a mídia com campanhas de conscientização que valoriza mais a união do que a individualização, para enfim, obter uma sociedade justa e harmoniosa.