A segregação do espaço físico, promove uma exclusividade para os ricos, como escolas, hospitais e transportes privados e esse processo denomina-se camarotização. A crescente desigualdade social fere a democracia, ou seja, não há oportunidade para que os setores públicos possam ser comuns a todos. Dessa maneira, a estruturação das cidades será de acordo com a localização da elite que será contemplada com os esses serviços em sua proximidade. Em acréscimo, ocorre o distanciamento social e a interação entre essas classes sociais é mínima. Os mais ricos concentram em uma determinada localidade na cidade, pois elas controlam os investimentos públicos em uma área pequena, o que seria dificultoso caso estivessem espalhados. Nesse sentido, com o deslocamento dos serviços para áreas de maior renda, torna dificultoso para as camadas mais pobres que tem mais problemas de saúde com falta de infraestrutura, são penalizados com escolas de baixa qualidade e gastam cada fez mais com transporte, quando deveria ser o contrário e isso contribui para tornar as diferenças ainda maiores. Além disso, a segregação tende a enfraquecer as relações sociais, o contato com o diferente e a tolerância. A exemplo, crianças criadas em condomínios fechados possivelmente, não se relacionam com crianças pobres. Dessa forma, dificilmente ocorrera uma troca de experiência entre ambas, talvez possa ocorrer um preconceito e um visão estereotipada de um em relação ao outro. E no futuro essas crianças podem não contribuir entre si, pois o afastamento gera um espaço para pensamentos errôneos persistirem. É necessário que o governo faça uma reforma urbana a fim de retirar a concentração dos serviços públicos próximos a uma determinada classe social, a fim de diminuir os gastos em transporte pelos menos favorecidos. Ademais, a população deve reconhecer a importância do convívio entre as classes, para que se tenha uma troca de experiências e se cresça como sociedade miscigenada em todos os aspectos.