A constituição cidadã de 1988 garante a educação em todos os níveis como direito das pessoas com deficiência. Contudo, quando se fala em formação educacional de surdos no Brasil, é notável que isso não vem se concretizando devido a alguns empecilhos, como a falta de preparo de profissionais aptos a oferecer uma educação inclusiva e o preconceito da sociedade que ainda é muito forte. É necessário que haja mudanças para reverter esse quadro. É nítido que há uma falha na formação de professores aptos a atender a demanda de alunos deficientes auditivos no país, o que resulta na frustração e falta de confiança por parte desses alunos no sistema educacional e consequente desocupação e segregação destes do ambiente escolar. Conseguinte estas pessoas portadoras de deficiência também não poderão atender a demanda de um sistema mercadológico altamente competitivo, tornando isso um imenso problema. Não apenas isso, mas o preconceito enraizado por séculos na mentalidade brasileira é outro obstáculo na formação pedagógica de surdos. A visão inferior que boa parte das pessoas tem dos deficientes se deve a diversos episódios ao longo da história ocidental, como a eugenia de Hitler, a rejeição à crianças deficientes logo ao nascer no Império Romano, o conceito de determinismo biológico do século XIX, muito utilizado para legitimar preconceito, entre outros. Assim sendo, fica claro que para superar estes entraves é necessário que o Estado faça sua parte criando editais e incentivos para que docentes busquem se especializar mais em Libras e também faça parcerias com as escolas e organizações em defesa dos surdos promovendo atividades lúdicas, oficinas e palestras tratando sobre a realidade dos deficientes e trazendo ela para mais perto do público leigo. Com isso pode-se finalmente fazer valer na prática a constituição de 1988.