Hodiernamente, o aumento da venda e do consumo das drogas no Brasil é evidente, e isso precisa ser mudado. Esse fato se assemelha à primeira lei de Newton, a da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força de módulo diferente mude-o de percurso. Porém, enquanto essa nova força não aparecer, não só novos dependentes químicos serão formados, mas também adolescentes continuarão tendo acesso a esse tipo de produto. A priori, em relação ao crescimento de diagnósticos de pacientes viciados, a Fundação Getúlio Vargas divulgou uma pesquisa a qual evidencia que o crescimento de dependentes químicos foi de 60%, se comparado com o último levantamento realizado em 2010. Tal fato acontece devido à associação das drogas ao prazer ligado ao sistema nervoso simpático, por meio da dopamina, o que gera o vício. Dessa forma, por agirem no cérebro, quanto maior for a facilidade do acesso à elas, maior será o perigo de formação de novos viciados nessas substâncias. Outrossim, segundo o IBGE, o acesso das crianças a esses tipos de fármacos aumenta gradativamente. Isso se deve à valorização dos padrões criados pela consciência coletiva gerada historicamente por adolescentes, que associam drogas à diversão. Todavia, segundo o filósofo e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são livres para quebrar pensamentos errôneos construídos precocemente. Desse modo, uma mudança no acesso e no comportamento deles, em relação às drogas, é fundamental para transpor o obstáculo da expansão desse mal no Brasil. Dessarte, urge que o Estado, por envio de recursos ao Ministério da Educação, promova palestras nas escolas de ensino básico a fim de elucidar para as crianças o quão prejudicial é o contato com as drogas, que geram dependência química gradativa associada ao cérebro. Afinal, somente com a mudança a partir do comportamento infantil é que esse entrave poderá ser mudado. Ademais, essa medida atuará como a força para mudar a inércia, descrita por Newton, e ajudará a amenizar a propagação dos males causados pelo avanço das drogas em território nacional.